Quando falamos de saúde feminina, é essencial compreender condições que podem impactar diretamente a fertilidade, o ciclo menstrual e o bem-estar hormonal. Uma delas, bastante relevante em ginecologia, é a hiperprolactinemia. Neste artigo, a Dra. Glamis Amazonas, médica ginecologista em Campinas e especialista em cirurgias ginecológicas, explica o que é a hiperprolactinemia, seus sintomas, causas e opções de tratamento.
O Que É Hiperprolactinemia?
A hiperprolactinemia é caracterizada pelo excesso de produção do hormônio prolactina pelo organismo. A prolactina é produzida pela glândula hipófise (localizada no cérebro) e está relacionada principalmente à produção de leite pelas mamas após o parto.
Em situações normais, seus níveis são baixos fora da gestação e pós-parto. Quando há um aumento não esperado da prolactina no sangue, podemos considerar o quadro de hiperprolactinemia.
Principais Sintomas
Os sintomas variam conforme o grau de elevação da prolactina e a causa do distúrbio. Podem surgir:
- Galactorreia: Produção de leite pelas mamas fora do período gestacional ou de amamentação.
- Alterações Menstruais: Ciclos irregulares, amenorreia (ausência de menstruação) ou fluxo reduzido.
- Infertilidade: Dificuldade para engravidar.
- Diminuição da Libido: Redução do desejo sexual.
- Sinais de Hipogonadismo: Diminuição da densidade mineral óssea, podendo evoluir para osteopenia ou osteoporose.
Também podem ocorrer outros sintomas, como dores de cabeça e alterações visuais, especialmente se a hiperprolactinemia for causada por tumores na hipófise (prolactinomas).
Causas da Hiperprolactinemia
Existem diversas causas para o aumento da prolactina, entre as principais estão:
- Prolactinoma: Tumor benigno da hipófise responsável pela secreção excessiva de prolactina.
- Uso de Medicamentos: Certos antidepressivos, antipsicóticos e anti-hipertensivos podem elevar os níveis do hormônio.
- Hipotireoidismo: O mau funcionamento da tireoide pode impactar a produção de prolactina.
- Estresse Crônico: Pode desencadear elevações transitórias da prolactina.
- Outras Condições: Síndrome dos ovários policísticos, insuficiência renal, entre outras.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito através de um exame de sangue chamado prolactina sérica. Se confirmado o aumento, o ginecologista pode solicitar outros exames hormonais e de imagem (como ressonância magnética da sela túrcica) para identificar a causa.
Tratamento
O tratamento depende da causa identificada. As opções incluem:
- Medicamentos: Agonistas dopaminérgicos (como cabergolina ou bromocriptina) são utilizados para reduzir a produção de prolactina.
- Cirurgia: Em casos de tumores resistentes ao tratamento medicamentoso, pode ser indicada cirurgia.
- Tratamento das causas secundárias: Ajuste de medicamentos, controle do hipotireoidismo, entre outros.
O acompanhamento ginecológico é fundamental para garantir uma resposta adequada ao tratamento e preservar a fertilidade e a saúde óssea.
Quando Procurar um Ginecologista?
Se você apresenta algum dos sintomas descritos, como menstruação irregular, produção de leite fora do período de amamentação ou dificuldades para engravidar, busque avaliação com um ginecologista de confiança. O diagnóstico precoce e o tratamento direcionado podem devolver qualidade de vida e prevenir complicações.
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A Dra. Glamis Amazonas é especialista no diagnóstico e tratamento das alterações hormonais que afetam a saúde da mulher.
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